quarta-feira, 21 de março de 2012

A namorada do meu amor platônico

Céus! Por quê diabos você tá na minha timeline?!, perguntei. E just like that, eu descobri: a ex namorada do meu melhor amigo está, agora, namorando meu amor platônico de infância. Subiu uns 300 pontos no meu conceito.

Ele era aquele tipo de primeiro amor que você decide que ama porque sim. Porque ele te lembra um Backstreet Boy, porque veste roupas pretas e usa um brinquinho de argola na orelha direita, lembrando um roqueiro bad boy, mas cujo nome você nunca chegou a descobrir - meu amor por ele precedeu Orkut e Facebook.

Hoje, ele não é nada para mim. Se é que me despertou alguma coisa, foi saudade de quando eu o amava. Com toda a inocência dos meus 11 anos, eu escrevi pelo menos duas cartas que nunca entreguei; presenciei, à paisana, a primeira vez que ele beijou a primeira namorada e sequei lágrimas que insistiam em correr enquanto eu disfarçava e conversava com minhas amigas.

A vida era mais simples naquele tempo e o que eu sentia, também. A trilha sonora, é claro, era vergonhosa. Mas quem nunca achou que sofreu só pra descobrir, mais tarde, que foi tudo uma brincadeira de criança? Ao menos hoje, do alto dos meus jovens e burros 22 anos, eu vejo as coisas melhores - ou pelo menos, assim eu acho.

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